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bandu2 : menu_arrow.gif Article: rap - 01/09/2009 22:59

ENTREVISTA COM EDUARDO DO FACÇÃO CENTRAL NO SITE RAP NACIONAL



RAP NACIONAL: Quais as novidades que o público pode esperar para 2009? É verdade que você está preparando um DVD e um livro? Conte um pouco sobre esses projetos.
EDUARDO: Atualmente, estou trabalhando apenas em um projeto literário. A obra já está na sua fase final de elaboração. Acredito, que em breve o público poderá conferi-la. O que posso adiantar a respeito, é que, como todas as letras que escrevi até hoje, a linha de denúncia, protesto e militância política e social, estará expressa de forma indelével em cada frase do meu livro. Os opressores querem nos entorpecer mentalmente com suas mentiras e nos destruir. O conteúdo do meu trabalho, virá com a missão de ser uma ferramenta de resistência a mais da favela. Uma espécie de segunda opinião sobre tudo que nos é exposto como verdade plena e irrefutável. Além de tentar é óbvio, inserir vários manos que nunca folhearam um livro, no mundo impar da literatura. Chegou a hora de todos compreenderem que o pm lê pra matar, que o juiz lê pra condenar, que o político lê pra dizimar o povo, não podemos mais nos dar ao luxo da ignorância e da desinformação. Sei que é muita pretensão da minha parte, tentar lutar contra órgãos públicos, contra substâncias tóxicas, como o álcool e o tabaco e contra a lavagem cerebral feita por meia dúzia de famílias que administram e comandam a comunicação brasileira, com um maço de papéis repletos de idéias não convencionais. Mas, se cada um fizer sua parte, manifestando sua repulsa ao atual quadro de barbárie que vivemos, já será um avanço muito grande. Em relação à parte musical, os manos que admiram meu trabalho podem ficar tranqüilos que existem vários planos sendo arquitetados. Asseguro, que diversas novidades estão a caminho.


R.N.: Você acredita que 2009 vai ser um ano forte para o rap nacional? Por quê?
EDUARDO: Quando analiso as atuais condições do rap nacional, sempre procuro fazer uma distinção entre a parte humana e o lado mercadológico. O lado comercial e empresarial, a exemplo de todos outros estilos musicais, sofre severamente as conseqüências nefastas da pirataria. Infelizmente, o rap nacional, além dos estragos causados pelas copiadoras de CD´s e DVD´s, ainda conta com outros problemas que impedem ou retardam a sua evolução. Por ser um grito de revolução saído da periferia, as nossas rimas carregam o estigma atribuído pela sociedade burguesa, de ser a música feita de bandido pra bandido. Não que eu não faça música pra bandido, pelo contrário, faço música pra bandido, pra dona de casa, pra estudante, pra viciado, pra trabalhador, pra presidiários, etc. Enfim, faço rap pra todos que vivem nas camadas mais carentes do Brasil. Não discrimino e nem seleciono as pessoas. Até porque, segregação é coisa de nazista e dos monopolizadores da riqueza nacional. Acontece, que na conotação do inimigo, música para bandido, significa apologia ao crime, e isso definitivamente eu não faço. Não sou nenhum otário usado pelo sistema pra arrastar meus irmãos para a sepultura. De qualquer forma, esse rótulo preconceituoso, faz com que não tenhamos o espaço que deveria ser nosso por direito em todos os grandes veículos de comunicação de massa. Pra completar, poucos dentro do movimento primam pela ideologia, pelo crescimento e pela profissionalização. É inacreditável pra mim, como profundo admirador do Hip hop, constatar que no ano de 2009, século XXI, ainda não temos rádios oficiais especializadas, programas televisivos de grande audiência, locais adequados para a realização de eventos, que acomodem o nosso público tão sofrido de forma segura e confortável, e por fim, é mais do que absurdo, não termos nem equipamentos musicais compatíveis com o valor de nossa cultura. Citei apenas alguns dos inúmeros problemas que visualizo na parte empresarial e comercial. Relatei rapidamente alguns dos nossos erros, que nos fazem mesmo depois de quase três décadas de rap nacional continuar aprisionados no amadorismo. É impossível prosperar, sem saber administrar! Mas, nem só de defeitos vive a nossa cultura. Em relação à parte humana (a que mais me dá esperança na imortalidade do movimento) é visível e notório o crescimento intelectual e musical de diversos rapper´s. A mesma tecnologia que nos trouxe a pirataria, nos trouxe também a possibilidade de nos informamos via internet, de produzirmos ótimos trabalhos em nossas casas. Hoje o rap vive esse dilema; Temos uma pá de valores indiscutíveis, mas no entanto, sem gravadoras e sem mercado. Por isso, como disse antes, como profundo admirador, adepto e defensor ferrenho dessa cultura chamada Hip Hop, torço muito e atuo para que 2009 seja um ano melhor do que foram os anos passados, mas, não posso fazer nenhum prognóstico